Trilhas cadastradas

Informações gerais:

Nome da Trilha
Caminho do Vale do Café
Tipo da Trilha
Trilha Regional
Início da Trilha
Portaria do Bonfim, Parque Nacional da serra dos Órgãos
Fim da Trilha
Arraial do Cruzeiro, Santa Rita da Jacutinga
Ponto Culminante
Modal(is)
Caminhada, Bike, Equestre
Biomas
Mata Atlântica
Outros biomas
Significado e histórico da Pegada
Autor da Pegada
Hugo de Castro
Informe o nome da Trilha Regional ou Nacional que essa trilha se integra
Estruturação da Trilha
1 – De Cruzeiro até Conservatória – A virada da Mantiqueira para o Vale; 2 – De Conservatória até Miguel Pereira – O Vale do Café; 3 – De Miguel Pereira até o Vale do Bonfim – A virada do Vale para a Serra do Mar.
Associação gestora da trilha

Atrativos da trilha:

Atrativos
Aspectos históricos , Banho, Cachoeira, Cidades históricas, Eventos tradicionais, Experiências gastronômicas, Experiências rurais, Mirante, Museu, Observação de aves, Observação de fauna, Pico
Outros Atrativos

Ficha técnica:

Distância planejada (km)
252
Distância Implementada (km)
0
Duração (dias)
14
Altitude Máxima (m)
Altimetria Positiva (m)
Altimetria Negativa (m)

Mídias sociais:

Facebook
Instagram
https://www.instagram.com/caminhodovaledocafe/
Youtube
Twitter
WhatsApp
Aplicativos
Outras Mídias Sociais

Contatos:

OBS: As informações solicitadas de contato são do responsável pela trilha e também os contatos corporativos da própria trilha.

Nome do contato principal
Chico Schnoor
Telefone do contato principal
21966965534
Endereço de e-mail do contato principal
pedradaguaprojetos@gmail.com
Site
Email corporativo da trilha
Endereço
Outros Contatos

Descrições da trilha:

Descrição da Trilha
Diante desse cenário e da riqueza que representaria um corredor florestal efetivo entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, deu-se a ideia de uma trilha de longo curso que ligue as duas serras e os dois projetos nacionais. O caminho pelo Vale do Café, que conecte a Transmantiqueira ao Caminho da Mata Atlântica, está atrelado à proposta de estimular a regeneração da Mata Atlântica e fortalecer o ecoturismo e o cicloturismo local, engajando cada vez mais voluntários que sintam o chamado de auxiliar nessa causa. Uma trilha de longo curso causa um sentimento de pertencimento muito forte e, quando estiver em estágio avançado de implementação, representa uma força de mobilização social muito bonita e potente.

A implementação desta TLC visa o desenvolvimento sócio-territorial sustentável como estratégia de conservação, o ordenamento e estímulo ao ecoturismo, o desenvolvimento dos indivíduos e das comunidades, e uma oportunidade para geração de emprego e renda para os moradores locais, além da valorização de culturas e tradições.

Trecho 1 – Cruzeiro x Conservatória:

O Caminho do Vale do Café começa no pequeno arraial de Cruzeiro que está localizado a cerca de 17 km do centro do município de Santa Rita de Jacutinga, conhecido como a Cidade das Cachoeiras, criado em 1943, em território desmembrado do município de Rio Preto. É nesse pequeno arraial que acontece a interligação do Caminho do Vale do Café com a Trilha Transmantiqueira, mas também é onde passa uma das trilhas de longo curso de cicloturismo mais conhecidas de Minas Gerais, a Volta das Transições.

Seguindo para o sul na rua principal de Cruzeiro, em poucos quilômetros já é possível se refrescar nas águas da pequena Cachoeira da Escadinha com as suas várias quedas que formam uma escadaria. O caminho continua por pequenas e pouco movimentadas estradas rurais passando por uma série de antigas fazendas, como a formosa Fazenda São Bento, construída no início do século XIX, e alguns quilômetros depois, a Fazenda Santa Clara, do séc XVIII, anterior ao ciclo do café. A casa grande da fazenda, de tão monumental, possuía 365 janelas representando os dias do ano, 52 quartos representando as semanas; 12 salões representando os meses, e uma capela dedicada a Santa Clara, dois terreiros de café, senzala, masmorra, um mirante e outras dependências. A fazenda vivenciou a triste história da escravidão no Brasil e mantém em sua estrutura arquitetônica da senzala, uma sala de tortura, registros e outros objetos que retratam o triste cotidiano da época.

Logo após esta fazenda, por uma ponte em arco, cruza-se o Rio Preto, que separa as duas cidades limítrofes dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No lado fluminense, o caminho já adentra as terras do município de Valença e segue pelo bairro Coronel Cardoso prosseguindo sentido sul por estradinhas rurais sem quase movimento, passando por cachoeiras e outras fazendas, como a Fazenda São Paulo, propriedade da família de Francisco Dionísio Fortes de Bustamante, o mesmo sesmeiro que construiu a imensa Fazenda Santa Clara.

O caminho continua pelo antigo leito ferroviário da Estrada de Ferro Santa Isabel do Rio Preto, cruza o túnel do Capoeirão, construído em 1880 por mão de obra escravizada e com cerca de 485 metros de comprimento, que levou quatro anos para sua conclusão.

Prosseguindo sentido sul, o caminho passa bem perto do Monumento Natural Estadual da Serra da Beleza, unidade de conservação estadual administrada pelo INEA que visa a conservação de remanescentes de Mata Atlântica, muito importante para essa região do Médio Paraíba que foi intensamente utilizada para o cultivo do café. Mais alguns quilômetros à frente, o caminho chega na charmosa Conservatória, distrito de Valença, conhecida como a “Cidade da Seresta”.

Trecho 2 – O Vale do Café:

Podemos falar que este trecho se enquadra entre dois pontos super charmosos do Vale do Café, a pequenina e histórica São Sebastião dos Ferreiros, distrito de Vassouras e a não tão pequenina, mas também muito charmosa, Conservatória, do final do trecho anterior.

Passando por uma das áreas mais degradadas do Vale do Café, este trecho é feito quase em sua totalidade em estradas rurais com pastos e plantações nas margens do caminho e, aqui e ali, com um pequeno fragmento florestal, possivelmente guardando espécies raras da Mata Atlântica, dado o histórico da área. É importante ressaltar que neste ano de 2021 a Prefeitura de Vassouras, município que abriga boa parte deste traçado, está com uma política de fomento à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e apoio à preservação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais, e o Caminho do Vale do Café pode ser uma mola propulsora a esta política, oferecendo um público de ecoturismo para essas áreas ao longo do traçado.

Da “Cidade das Serestas”, o caminho prossegue por estradas rurais e trilhas, passando pelo açude de Concórdia e pelo Parque Estadual da Serra da Concórdia até a pequena Barão de Juparanã, onde está a sede do parque e também do Refúgio de Vida Silvestre do Médio Paraíba, que possui estrutura de camping para pernoite. Este é um local com restaurantes, supermercados e padarias para reabastecimento. A partir deste ponto, o caminho beira o Rio Paraíba do Sul por uma estrada rural muito bonita até Sebastião Lacerda, já no município de Vassouras. Neste distrito, o caminho cruza o Paraíba por uma antiga ponte e chega-se, então, ao ponto mediano entre o Caminho da Mata Atlântica e a Trilha Transmantiqueira.

Contemplando as águas barrentas do rio Paraíba do Sul, não podemos deixar de pensar que o curso d’água tem suas nascentes na Serra do Mar, em um trecho bem próximo ao Caminho da Mata Atlântica e que muitos de seus afluentes, inclusive um dos maiores, o Rio Preto, nascem na Mantiqueira, em locais por onde passa a Trilha Transmantiqueira.

Estamos no fundo do vale, onde aconteceu uma das maiores hecatombes ambientais da Mata Atlântica e do Brasil. Respiramos fundo para atravessar a ponte, sabendo que um dos objetivos deste Caminho é regenerar um pouco desses ecossistemas e, ao percorrê-lo, estamos fortalecendo esses objetivos.

Do outro lado da ponte, o caminho segue por uma estrada rural até um ponto em que atravessa alguns pastos em propriedade particular para chegar à Cachoeira de Aliança, uma das maiores e mais bonitas quedas d’água do município de Vassouras. O ponto seguinte é a pequena Aliança, um distrito espremido entre o Rio Paraíba e uma antiga estação de ferro abandonada, onde existe um pequeno comércio e o pernoite é possível em casas de alguns moradores. Ao sair de Aliança, o Caminho do Vale do Café se despede do Rio Paraíba e prossegue por estrada rural até Massambará, que tem esse nome devido a um capim nativo, que outrora abundava pela Estrada do Comércio. Neste ponto há padarias e supermercados para reabastecer e, a partir do contato com alguns moradores locais, é possível acampar em algum quintal ou pernoitar em algum quarto.

De Massambará, o caminho continua por uma estrada rural até São Sebastião dos Ferreiros que foi inicialmente um local de descanso de tropas de mulas, conhecido como pouso de seu Pedro Ferreiro. Esse local foi doado à igreja católica pela proprietária da fazenda como promessa a São Sebastião por não ter chegado a peste em sua propriedade. Neste local, o Armazém do Tônio, um ótimo ponto de reabastecimento de víveres, é um atrativo à parte, uma daquelas biroscas antigas, com grandes balcões de madeira maciça, estantes que remontam a tempos antigos e com um proprietário que, por si só, é uma atração cultural.

A partir de Ferreiros percorre-se uma estrada rural até chegar ao centro de Miguel Pereira e dali a trilha prossegue alguns quilômetros em área urbana até a estrada para o Vale das Videiras, percorrendo caminhos rurais até o distrito de Petrópolis, que já não consta como parte do circuito turístico do Vale do Café.

Trecho 3 – Vale das Videiras x Bonfim:

Esse trecho se inicia no charmoso centrinho do Vale das Videiras, distrito de Petrópolis, onde podemos encontrar lojinhas de artesanato, pequenos restaurantes e até uma feirinha com produtores locais agroecológicos. Na região encontramos ótimas opções para o pernoite em pousadas de todos os tipos ou em casas particulares e, também, muitas opções de lazer, como trilhas a pé, de bike e banho em rios e cachoeiras.

Logo após o centrinho, o caminho segue pela estrada RJ-117, de asfalto, por poucos quilômetros até chegar em uma estrada de terra à direita, que dá acesso a algumas fazendas e prossegue na direção de Secretário e Avelar. Esse ponto está a cerca de 760 metros de altitude e aos poucos o caminho ascende uma serrinha, que na medida em que avançamos se torna cada vez mais íngreme e estreita, mas que apresenta uma vista espetacular da região. Quando o caminho começa a descer, a estradinha se alarga uma vez mais e cruza algumas fazendas que vendem produtos artesanais fabricados na propriedade. A mais famosa delas é o Sítio Humaitá, que tem orgulho de ter uma produção sustentável e sem uso de conservantes.

Ao chegar em Secretário, recomenda-se fazer um passeio no centrinho que tem ótimos lugares para lanchar e até para o ressuprimento. Secretário é assim mesmo, um cantinho especial e cheio de história envolvido pelas mais belas montanhas de Petrópolis. Tudo começou em 1703, tempo do Brasil Colônia, quando o então secretário do Governador do Rio de Janeiro, José Ferreira da Fonte, obteve as primeiras terras da região. Em 1725 foi aberta por Bernardo Soares de Proença uma variante do segundo caminho para as minas, que ligava o Rio de Janeiro à região das lavras e catas de ouro de Minas Gerais.

Depois da visita praticamente obrigatória no centrinho e de um mergulho na história, volte por 200 metros até entrar na Estrada da Rocinha. Antes de chegar no final da estrada, o caminho segue pela direita em uma subida abrupta que vira uma trilha e leva ao ponto de sela que está a mais de 1.200 metros de altitude, local com maior de altitude de todo o caminho. Visual espetacular para as montanhas da região como a Maria Comprida, Morro da Mensagem, João Grande entre muitas outras, além de uma ampla vista para o vale.

Essas montanhas fazem parte de um projeto de lei que visa a criação da mais nova unidade de conservação fluminense, o Monumento Natural (MoNa) Estadual da Serra da Maria Comprida, que visa proteger a porção mais espetacular da Serra das Araras, sendo composto de remanescentes de Mata Atlântica, campos de altitude, vegetação de afloramentos rochosos e populações de espécies animais e vegetais nativas, em especial as raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.

Descendo do ponto de sela, em poucos quilômetros, o caminho já chega no centrinho do bairro de Araras, outro local que possui muitas opções de alimentação e hospedagem, a maioria de alto padrão. Seguindo sentido leste, pela rua principal do bairro, em aproximadamente dois quilômetros chega-se na BR-040 onde é necessário atravessar para o outro lado da movimentada rodovia com o máximo de cuidado. O caminho continua no sentido leste por uma sucessão de pequenas estradinhas até, na altura de Corrêas e bem perto da pracinha do bairro, atingir a Estrada União Indústria, rodovia histórica inaugurada em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II.

Desse ponto até a entrada do Parque Nacional da Serra dos Órgãos são menos de 7 quilômetros, onde se conecta com a Trilha de Longo Curso Regional Caminhos da Serra do Mar, trilha que possui o leito compartilhado com o Caminho da Mata Atlântica e com a Trilha Oiapoque x Barra do Chuí.

Esta é uma proposta inicial de traçado, a partir do engajamento de voluntários empolgados, do apoio de prefeituras e parques, seguimos avançando até esse sonho se tornar realidade. No planejamento inicial de seus idealizadores esta trilha conecta sete unidades de conservação em território fluminense e uma em território mineiro, passando por seis municípios no Rio de Janeiro e um de Minas Gerais. São quase 250 km de trilha com o foco em promover o turismo, regenerar a Mata Atlântica e conectar os fragmentos florestais por onde passa.

Vamos caminhar juntos pelo Vale do Café e nos ajudar a construir esse sonho? Se a ideia te atraiu, nos procure. Uma trilha de longo curso é construída por muitas mãos animadas, muitas cabeças pensando juntos e, principalmente, muitos pés palmilhando o traçado e fortalecendo o turismo nessa área!
Informações Gerais
https://oeco.org.br/analises/os-primeiros-passos-do-caminho-do-vale-do-cafe/
Como Chegar
Histórico
A Trilha de Longo Curso do Caminho do Vale do Café tem também a missão de recuperar a história de uma importante fase do Brasil: a época das rotas coloniais, com destaque para o Caminho do Comércio e para o Atalho de Proença. Essas estradas eram responsáveis, principalmente, pelo escoamento dos minerais de Minas Gerais para os portos do Rio de Janeiro, mas também, posteriormente, da produção do café fluminense. É importante resgatar os tempos áureos da produção do café na região, mas também refletir sobre as consequências de uma monocultura e da época da escravidão, cujos impactos se propagam infelizmente até os dias de hoje. Esse caminho tem também a missão de ajudar a manter essas histórias através de um fluxo turístico que poderá contribuir um pouco no financiamento para a manutenção dessas antigas fazendas e, por outro lado, fazerem o visitante refletir sobre todos os aspectos citados.
Curiosidades
Slogan da trilha
Link do vídeo institucional
Informe a frequência que é realizado o manejo na trilha
Ainda não foi realizado
Informe se existe um Sistema de Gestão de Segurança implementado
Não

Territórios:

QTD de municípios que a trilha interliga
6
Listagem municípios
Petropolis, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Vassouras, Valença e Santa Rita da Jacutinga
Listagem Unidades Federativas
Minas Gerais - MG, Rio de Janeiro - RJ
QTD UCs que a trilha conecta
8
Listagem Unidades de Conservação
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
MONA Maria Comprida
Mona Serra da Beleza
APA Guandu
Revis Medio Paraiba
P.E. Serra da Concordia
Mona Serra da Beleza
Apa Boqueirão da Mira

Outros:

Endereço My Maps
https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1qZHrzcUejaGBTVjr91xgqh9bPXtDYFXE&ll=-22.368592765323488%2C-43.51298700000001&z=9
Endereço Wikiloc
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